O vôlei brasileiro está em polvorosa. Renata e Talita garantiram vaga na disputa do bronze olímpico. Ricardo e Emanuel disputam o bronze com a dupla de brasileiros que jogam pela Geórgia – o que já nos garante o Bronze Moral. As meninas do vôlei só precisam não ganhar a semifinal para colocar o pé na disputa pelo terceiro lugar.
No maior evento esportivo do mundo, são muitos os nomes que se destacam. Mas Bernardinho, o técnico da seleção masculina de vôlei, é uma promessa de sucesso. A história do vôlei brasileiro se confunde com a história de vida desse homem, que pode se tornar o General de Bronze do volleyball nacional.
Bernardinho: Bondade, Babreza & Beleza.
Conhecido por conduzir a seleção com mão de ferro, Bernardinho vem construindo o caminho para o bronze há anos. Desde o ano 2000, garantiu 17 ouros das 21 competições que participou. Bronze mesmo é mais difícil. Foi só um, na Liga Mundial do ano 2000, ou seja, no século passado.
O General de Bronze, irritado com tantos ouros
Bernardinho: Sangue, Suor & Saudade.
Mas a história de Bernardinho começa muito antes. Bernardinho era jogador. Participou da seleção que jogou as Olimpíadas de 84 em Los Angeles, e amargou um segundo lugar. Uma colocação que gerou um estigma que mancha até hoje a carreira do nosso grande General: a Geração de Prata.
Geração de Prata: uma mancha na carreira.
Bernardinho: Lamenta, Levanta & Labuta.
A seleção de vôlei é a atual campeã Olímpica e Pan-Americana. Uma seleção desacreditada, incapaz de conquistar o bronze. Mas Bernardinho é um campeão. E um campeão não se conforma. Bernardinho já trouxe a prata olímpica para o Brasil. Bernardinho já trouxe o ouro olímpico para o Brasil. Agora, Bernardinho quer dar um passo adiante e conquistar esse título inédito para o país: o Bronze.
Bernardinho: Determinação, Disciplina & Dedicação
Para isso, ele conta com a experiência. E começou a desenhar essa conquista com uma estratégia chamada “O Gato Subiu no Telhado”. Tudo começou com os desentendimentos entre Bernardinho e o ex-levantador Ricardinho. A rusga entre os dois foi notícia no Pan de 2007, quando o povo brasileiro se encheu de esperança, pensando que, dessa vez, talvez o bronze chegasse.
Depois disso, Bernardinho disputou o terceiro lugar na Liga Mundial, que aconteceu dias antes do início das Olimpíadas. Infelizmente, ainda não era dessa vez. Algumas contusões do Giba, totalmente planejadas, alertavam: estamos tentando não passar para a final dourada.
Com Giba fora do terceiro jogo olímpico, o Brasil deixou de ganhar da Rússia, anunciando os novos tempos do vôlei tupiniquim. E no último jogo, Serginho se machucou, preocupando adversário e demonstrando que talvez, realmente, estejamos finalmente preparados para o disputado e inédito bronze.
Bernardinho e um boné do Banco do Brasil.
Bernardinho: Vigor, Veneno & Vitória
O Brasil acaba de vencer os anfitriões chineses, numa partida que valia a entrada para as Semifinais: tempo sagrado de São Bronze. Foram 3 sets a 0. Agora, estamos mais perto do que nunca: basta não passar da Itália.
Bernardinho tem história, tem talento, tem trabalho. Só está faltando sucesso. Mas sem dúvida nenhuma, nenhum outro nome merece, mais que ele, conquistar esse medalha.
Medalha inédita para o vôlei brasileiro.
Medalha sonhada há 24 anos.
Sonho bronzeado, perto de se realizar.
Bernardinho: História, Homem & Herói.